
Depois de seis anos de troféus no gigante português Benfica, Carolina Vilão trocou Lisboa por um novo desafio na Ninja A-League. A jovem guarda-redes conta ao aleagues.com.au como espera que a sua “mentalidade benfiquista” possa ajudar o Wellington Phoenix a disputar a fase final do campeonato pela primeira vez na história da Ninja A-League.
Com apenas 24 anos de idade, Carolina Vilão tem um dos currículos mais brilhantes da Liga A.
A guarda-redes ganhou tudo nos seis anos que passou no Benfica, depois de ter chegado ao clube ainda adolescente, vinda do rival Sporting, outro peso pesado da Europa.
A sua passagem pelo Benfica foi recheada de troféus conquistados ao lado de um elenco de estrelas – algumas das quais se tornaram alguns dos maiores nomes do futebol feminino.
A atacante brasileira Geyse. Ana Vitória, estrela do Atlético de Madrid. A internacional canadiana Cloé Lacasse. Kika Nazareth, do Barcelona, e Yasmim, do Real Madrid. Estas são apenas algumas das jogadoras que, juntamente com Vilão, conquistaram inúmeros títulos pelo Benfica desde a época de fundação da equipa feminina, em 2017.
Mas depois de um início de carreira tão fulgurante em Lisboa, porque é que a jogadora de 24 anos decidiu mudar-se para Wellington, para jogar com os Phoenix na Ninja A-League?
Para a internacional portuguesa de sub-23, as razões são simples: ter mais tempo de jogo e crescer.
“Provavelmente, joguei mais jogos nestes últimos quatro meses do que em todo o ano passado”, disse Vilão ao aleagues.com.au.
“Tenho ganho muita experiência durante o jogo – claro que os treinos são muito importantes, mas jogar dá-nos muitas experiências diferentes. Acho que estou a crescer muito com isso.
“Estou a gostar de Wellington – por vezes o tempo não é assim tão bom! Mas estou a gostar.”
Desde que assinou pelos Phoenix em julho de 2024, Vilão tem procurado incutir o que descreve como a “mentalidade do Benfica” entre o grupo de jogadores de Wellington.
Foi essa mentalidade que ajudou Vilão a conquistar troféus atrás de troféus em Lisboa – uma mentalidade que fomentou desde criança, apoiando o seu “clube do coração” graças à influência do seu irmão e do seu avô.
“Sinto que em Portugal é um bocadinho assim: vem da família. E por causa do meu avô e da maior parte da minha família, sempre apoiei o Benfica.
“Também tive muita sorte em jogar no Sporting, mas o Benfica foi a equipa que sempre apoiei.
“Tenho um irmão mais velho que, quando eu tinha três ou quatro anos, já jogava. Por isso, ganhei o gosto pelo desporto por causa dele e do meu avô. Assim que o vi a tocar na bola, quis fazer o mesmo.
“Desde miúdo que sabia que queria jogar futebol. E sempre o encarei de forma muito profissional. Foi algo que a minha mãe sempre nos ensinou: quando queremos uma coisa, vamos buscá-la.